❝...por tantas vezes que me confessei, fui julgado por ter me dedicando tanto, por algo que só existia em mim, entre o fim do verão e o princípio da primavera. Me confessei por ter errado demais, pecado demais, triste além do que a tristeza é, o que tinha em meu sorriso, só me deu motivos para esquecer do que não consigo mais lembrar.
Tentei preencher o mundo que conheci, mas não fiz no meu, calei minhas palavras, prometi todos os sonhos, deixei as frases pela metade, pessoas também. Fui inteiro enquanto devia ser metade, não queria amar, mas foi impossível guardar só para mim.
Me vi sendo alguém insuficiente, pouco de nada, como todos sabem e escondem de mim, guardo um nó preso na garganta, busco no silêncio, a voz que preciso ouvir.
Confessei que adormeço entorpecido, esquecido num mundo onde ninguém consegue entrar, mas tanto faz, a falta que sinto, não tem mais significado para existir. O sorriso sumiu do meu rosto, meus olhos perderam o brilho, foi assim que a imensidão das estrelas, a fizeram esquecer de mim.
Meu coração está bagunçado, foi minha quarta confissão, mas prometi juntar cada pedaço teu, para não esquecer do sonho que um dia, também foi meu.
Confessei meu medo, pedi que não se esquecesse de mim, que não me deixasse jamais. Sou frágil, me exponho demais, chorei pedido aos céus ajuda, mas não mereço nada assim.
Confessei que conto um dia de cada vez, rasgo o calendário, que a saudade é dolorosa, e fujo de todos quando o assunto é você...❞


- marcosask -


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