❝...adormeci sentindo febre, meu corpo suava, tinha a esperança de acordar melhor. A febre me fez voar num céu imensamente azul e frio, o vento circulava em meus cabelos, eu tocava as nuvens e minha alma tropeçava nas sua curvas, tão infinitamente torneadas. Seus movimentos me lavavam ao ápice da minha loucura. Fiz descaso da possibilidade de cair, já andei tanto no caos, perdi o medo, só queria ser constante e viver o frio, o azul, como se fosse meu último suspiro.
Fechei calmamente os olhos e vi teu sorriso, tão ausente de medos, inundado de mistérios, trazendo mais loucura para minha incontrolável insanidade, queria abrir os olhos, mas não ia deixar de te ver, imaginei seus lábios chamarem o meu nome, me tornaria uma criança em segundos, abriria meus braços e abracaria o mundo que sempre quis ter.
Poderia estar em queda livre, eu não me importaria, não quis ver a profundidade que meu corpo abriria o chão rochoso, eu, disposto a mergulhar de cabeça em sua imensidão. Eu morreria e seria lição para quem diz que ama, mas não tem a mínima noção do que está dizendo. Meus dedos te tocavam levemente, sentia o sabor do seu suor, o seu cheiro exalava em meu pulmões e adormecia o que eu poderia chamar de consciência...❞


- marcosask -


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

não importa o tempo

votos