❝...eu não queria ser assim. 
mas não é sempre que meu silêncio, 
significa que estou em paz.
que é ingênuo acreditar no amor,
mas é assim que me sinto melhor.
praticamente, todas minhas noites são longas,
e não me orgulho disso.
essa dor que escrevo, pode até ser bonita de ler,
mas não é bem assim que vejo.
sei que as horas não param, mas sou bom nisso,
estou resistindo e não quero uma outra opção.
sempre que olho para todas essas feridas,
é que me dou conta do quanto minha cabeça quer esquecer.

Em um momento atrás, consegui entender o quanto é doloroso deixar de lado, deixar acontecer, deixar ser visto, ser notado. Tento seguir em frente, tento mesmo, não só por mim, mas pelo "nós" que imagino existir. Mas tudo o que sinto, parece um peso que não consigo carregar. A liberdade dói, é perigosa, faz doer. Não adianta tantas mensagens não enviadas na madrugada, dar as costas, só me serviu para esconder os olhos tristes. 
Quando me sinto sozinho, não sei como agir.
Não sei o que fazer, nem se estou preparado, mas não consigo fingir estar tudo bem quando não estou bem, por isso que fui, por isso que estava lá.
As lembranças, me atormentam, mas imagino que um dia, vou deixar de lembrar e simplesmente esquecer, como esqueço de escovar os dentes, o dia do meu aniversário, dos dias que a tristeza foi tão grande que a cabeça, não conseguiu registrar.
Eu queria lembrar das explicações, de como o amor atormentou minha memória, como decidi ir em bora sem dar se quer um passo a diante. Eu me esqueci da cor, e só tinha na cabeça, a sua que eu devia esquecer. O sorriso que levo, não esconde meu travesseiro molhado, nele existe apenas, a expectativa dos outros. A felicidade vem, mas só sussurra em meus ouvido e vai embora, ela fala rapidamente do teu sorriso, de como minhas mão são quando estão com as suas, e vai, segue o caminho para quem a merece. Nesse dias, eu pedi desculpas até pelo que não fiz, ou que não lembrava ter feito, eu só não queria mais, sabe?
Eu preciso de você, mas não te peço para esperar, a dor não passa, o tempo está sendo vilão e sempre me apronta uma, basta algo me fazer tropeçar que ele faz cair forte. 
Pensar bem, não está funcionando, o que me arrependo, não é visto, e eu nem sei mais se tenho tanta culpa assim, mas aceito, de coração, os espinhos que me são dados. Eu aceito me machucar, que enquanto não aprender a ter paz, vou dizer que é só mais uma recaída.
Ontem, ela me abraçou, seus braços frios, dedos pequenos, olhos distantes. Me abraçou dizendo que eu vou ficar triste, e o tempo dessa tristeza vai acabar, que preciso confiar nela, que tudo está bem e vai ficar assim.
A noite passou, o dia já está aqui. E o que eu estava esperando?
Minhas desculpas, tão esfarrapadas, só me fazem lembrar do que não devo fazer, que a frieza tem sua razão, o quanto precisar de alguém, é complicado.
A ausência é bem justificada, o que mais quero?
O ódio, só vem de mim para mim mesmo, eu entendo que as pessoas tem as suas escolhas e respeito tudo isso, mas meu reflexo dói na alma e não tenho outra coisa para sentir.
Eu não queria ser assim.
Você nunca saberá o quanto cada segundo, significa para mim, você não entende. A dor que sinto, não é para comparar com nossos momentos bons, é um tempo que a felicidade se ausenta e me deixa só. Passei um dia só e não sei porque.
Mas a recaída veio, me pegou desprevenido, eu queria paz, juro que queria paz, queria mentir estar tudo bem, não te chatear mais.
Queria ser menos, queria de verdade, mas não é bem assim...❞


- marcosask -


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