❝...calor, mãos trêmulas, acelerava, era pecado, era terrível, era amor anestesiando o mal. Tinha sussurros ao vento, era um momento nosso, único, nosso, era o nosso pequeno e lindo céu. As cores eram visíveis. tínhamos sorrisos entre os nossos toque, beijos e cheiros. Sentia o céu, o mar, o chão e o ar. Na rocha, uma pequena flor floresceu, acordou quem deveria se manter em sono profundo, se criou uma esperança na alma que não existia mais. No inverno, o cinza é mais cinza, não existe azul. Sinto frio, sinto tanto frio. Tento silenciar o arrepio, engolir o que trava na garganta, deixo ecoar a minha tristeza nesse corpo vazio e frágil. Estou preso em meu próprio caos.
Ainda me lembro de seus cabelos, de como tudo era simples e belo, de como um sorriso de canto era o mais lindo que existia. A dúvida não era cruel, ela fortalecia, ela trazia a esperança de tudo que não vai mais acontecer. Te odiei pela décima vez, ainda te odeio pelo mesmo motivo que não deveria odiar. Sempre penso em algo mal, sempre te faço orações para tentar me perdoar. Todos os dias eu durmo lembrando das horas, das suas horas de sorrir e de chorar. Todos os dias me arrependo de nascer, todos os dias agradeço por morrer, todos os dias peço para não mais acordar...❞


- marcosask -


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