0:35 já se passou o dia e a hora de dormir,
mas nunca sei quando é tempo do sono,
só que insisto em imaginar que não é agora.
Acho que agora, é hora das palavras tristes,
do sentimento de vertigem e lucidez dos pensamentos doloridos,
quando o silêncio começa a traduzir o caos.
Agora é a hora de lembrar dos sonhos de ontem,
dos caminhos percorridos pela alma confusa,
andando descalço em meio aos chãos gelados,
onde o tempo parece ser calculado de maneira errada e incompreensível.
É uma incansável busca pela calmaria que existe na voz,
de um certo alguém, criando uma liturgia sem palavras,
sonorizado pelas poesias escritas por um não poeta,
onde ilumina o quarto escuro, de paredes cor marrom,
que apelas aos céus, por mais um dia úmido no paraíso.
Aos astros, peço calma, o caos tem me amargurado demais,
que freie essas minhas vontades, de idéias sem direção.
Chegou a hora de parar,
quero ouvir apenas o tremor das minhas mãos,
o murmúrio que faz meu fraco coração,
que balança esse lençol de tédio e solidão.
Essa é a hora que meus olhos se mantém abertos,
mesmo quando os quero fechados,
é assim que as trevas invadem o que posso chamar de sonhos,
agora é quando o desespero começa,
a busca pelo sentido da vida se perde nesse mar tedioso,
quando o frio vem e leva tudo o que sempre busquei.
Adeus homem,
que abraçava nossas vidas,
mas não sabe cuidar da tua própria.
Adeus homem,
é hora da vida lhe compor com o que ainda lhe resta do amor...❞
- marcosask -
Comentários
Postar um comentário