Às vezes, olho para o céu, calmamente pisco os olhos, imagino o que cada nuvem é ou poderia ser, eu gosto, muito, gosto quando o vento bate, a chuva toca calmamente o meu rosto, meus cabelos, minha pele, e me faz sentir frio. Gosto de sonhar acordado.
Ultimamente, tenho preferido ficar em silêncio, sei que me visita às vezes, tenho te materializado em meu quarto, te abraço, te sinto encostar em mim, sua respiração, seu cheiro. Você tem se tornado não só a tinta que está em meu quadro, mas a moldura, as paredes, o quarto, o ar que graciosamente respiro e me faz bem.
Eu respiro você, respiro com toda a necessidade que meu corpo tem de respirar, eu preciso de você para ser o que sou.
Queria poder te trancar na cômoda que tenho ao lado da cama, queria te ouvir bater todas as noites pedindo para sair, queria poder te dizer que não vou te deixar sair.

Eu queria tanto.

Me deixa ser, por mais uma vez, ser quem sou?

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