Acho que devo, ou me devem desculpas, não foi somente eu, mas todos receberam os meus olhares flechados recheados de críticas, mas foram lançados de volta.

Aqui não terá o seu nome, mas será minha pequena Lisa, não consigo mais gritar em silêncio tudo o que em mim se dispersa. Mas agora você é Lisa, não é mais minha, é somente alguém com esse nome.

Sinto que cai do céu algo que me corta, não entendo do que se trata, talvez um choro estelar, as lágrimas de quem sempre brilhou para mim, hoje, somente as nuvens se afastam para sua tristeza me rebater. Isso invade o resto que ainda existe tenho aqui. Querida Lisa, não há como invadir o que é vazio, o vazio não existe e esta cheio de um nada de cor cinza. Existe ainda a possibilidade do que eu poderia ser, mas esse vazio Lisa, me tomou pequeno, mas ainda tenho um pequeno pedaço de mim. O que se findou, não me deixa, nem me toma, mas está tão errado que foi embora, ou se escondeu, e não mais voltou. As faces são difíceis de tratar, nem sempre são cuidadas como deveriam ser, mas no final, sempre existe um final onde tudo é resolvido, no bem ou no mal, sempre conseguímos um salva-vidas para a vida. Mesmo sendo algo tão interior

Nas poucas contradições que me permito ter, estou me surpreendendo com o mundo, muito mais do que devia. Liza, me diz quais desses teatros foram os mais reais, eles estão chegando a mim como um filme de muita ficção, me fez permanecer tão pensativo, que não consigo esquecer nada do que foi dito, será que você conseguiu o que queria? Ao menos te garanto que conseguiu machucar todo o nada que sou.

Lisa, meus anseios me queimam a pele, e reduzem o que eu era para um passado insignificante. A vontade não me traz mais a vontade de fazer ou ser mais nada, é um pedido atrasado que veio tarde demais. Não há sinais de vida aqui, apenas alguns parágrafos, separando o texto sem noção que escrevo para te atingir e me faz enxergar o quanto estou distante para acompanhar os passos que você tem tomado para se afastar de mim.

Queria Lisa, queria muito parar de querer ser quem sou agora, apenas para respirar aliviado nais uma última vez.

Lisa, nas nossas mãos não existem mais dedos entrelaçados. Acho que não adianta mais essa incansável luta. Será que essa pressão vai me fazer extrair todo esse descontrole e repulsa involuntária que sinto? Não Lisa. Sabia que nem tudo tem seu porquê, e faço parte dessa dúvida. É um mistério que não conseguimos desvendar, já tentei juntar os pedaços, mas cada vez mais essas quedas e pancadas, fazem os pedaços virarem migalhas e se espalharem de um jeito que não há como juntar os cacos.

Deixa eu te explicar, não tenho um porquê, desculpa mesmo, mas não tenho um. Tentei encontrar uma resposta para te dar, mas também estou perdido e isso me torna um ser triste. Me perdoa por todos acertos mal feitos que fiz, não tive culpa de como se desdobraram. Desculpa Lisa se os sentimentos que retribui não fazem parte da sua planilha de características que você tem de mim. Não consigo ser cruel, não tenho como cobrar a ninguém nada na mesma moeda, apenas deixo o tempo fazer a sua parte.

Entende? Não entende...? Acho que não sei como explicar, vou então seguir esse vácuo que passa qui, exatamente neste momento, estou sentindo em todas as noites de domingo, onde a solidão estacionava em mim junto ao frio que um livro não me ajudava a esquecer e apenas tinha o consolo de olhar para as estrelas e fazer de todo céu o meu lençol para me guardar até a próxima oportunidade de te ter.


- marcosask -

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